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Dois feridos em manifestação anti-tourada em Viana do Castelo:

Com muita tensão no ar, confusão instalou-se quando PSP tentou criar perímetro de segurança a cerca de 300 metros da praça de touros.





Um homem ficou sem um dente e uma mulher foi arrastada por
agentes do corpo de intervenção da PSP, quando estes tentavam concentrar os manifestantes que protestam em Viana do Castelo contra a corrida de touros que está a decorrer nesta tarde de domingo.
Os mais de 20 agentes que se encontram no local, entre elementos da PSP de Viana do Castelo e do corpo de intervenção, forçaram a criação de um perímetro de segurança, para permitir a circulação na estrada que passa ao lado da praça de touros amovível montado pela Prótoiro.
Os ânimos exaltaram-se quando os manifestantes – mais de duas centenas – perceberam que iriam ser obrigados a manter-se a cerca de 300 metros do recinto erigido de propósito para o espectáculo desta tarde. Os dois feridos resultaram dos momentos de tensão que se seguiram. A mulher que foi arrastada estava deitada chão – foi assistida pelo INEM no local.
Defensor Moura, ex-presidente da câmara de Viana do Castelo, ainda tentou negociar com a PSP, mas sem sucesso. O candidato às últimas eleições presidenciais foi o responsável, em 2009, quando liderava ainda o executivo da autarquia, pela aprovação da declaração que transformou Viana do Castelo na primeira cidade anti-touradas do país.
A manifestação foi organizada pelo movimento Viana Antitouradas, à qual se juntou a Animal. A presidente desta associação, Rita Silva, mostrou-se muito indignada pelo facto de os manifestantes terem sido concentrados afastados do recinto e garantiu que fará chegar à Assembleia da República e a todos os partidos com assento parlamentar o relato do que se passou neste domingo em Viana, que qualifica como um “escândalo”.
Ao mesmo tempo, a corrida decorria com praça cheia e muitos aplausos.

Nuno Azores

Nuno Azores

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