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O fim do mundo e a Bíblia "guerras, anticristo e apocalipse"

Convém, no entanto, antes de continuar, deixar esclarecido que é apreciada certa confusão entre as expressões bíblicas "fim do mundo" e "últimos tempos". Parece que entre estes e aquele haverá uma grande época de paz, na qual Jesus Cristo reinará de um confim a outro da Terra, após sua segunda vinda, e que todos seus inimigos ancestrais cairão a seus pés.
apocalipse sao joaoA este respeito escreveu São Jerônimo que "não veremos outros céus e outra terra, mas os velhos e os antigos mudados para melhores". Garantem esta opinião inúmeras citações dos profetas, especialmente Isaías e Sofonias, cujos textos não admitem outra interpretação. Assim, Isaías (66,15) disse: "... porque vai Yahvé exercer o juízo com fogo e com a espada a toda carne, e serão muitos os que perecerão pela mão de Yahvé... Muitas serão as vítimas de Yahvé... lhes darei um sinal e mandarei a alguns dos sobreviventes para que publiquem minha glória... E ao sair poderão ver os cadáveres dos homens que se rebelaram contra mim e serão horror para todo mortal". E Sofonias ameaça com os seguintes termos (I, 14-17): "Próximo está o grande dia de Yahvé, próximo e chega velozmente. Já se ouve o ruído do dia de Yahvé e até o valente dará gritos de espanto! Dia de ira será aquele dia, dia de tribulações e de angústia, dia de calamidade, e de miséria, dia de trevas, de escuridão, dia de nuvens e de espessos aguaceiros, dia de trombetas e de alarmes contra as cidades fortificadas e os altos torreões. Eu incutirei angústias aos homens e eles caminharão como cegos, porque pecaram contra Yahvé, seu sangue será derramado como pó e sua carne atirada como excremento...". E acrescenta Isaías (24, 1-6): "Por isso a maldição devora a Terra e restará somente um pequeno número".
"Ouvireis falar de guerras..."
Parece claro que não vamos todos perecer nesta apoteose final. Uma parte da humanidade permanecerá com vida, purificada para viver em um mundo de paz em louvor a Deus. Talvez seja Zacarias quem mais se comprometa ao dar uma magnitude de catástrofe, assegurando que "de três partes de Terra, duas desaparecerão por completo".
São Mateus (24, 1-13) nos refere uma passagem de Jesus na qual responde para quem será o sinal do fim do mundo e quando deverá acontecer: "Cuidado que ninguém os engane. Ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; não os alarmeis, porque é preciso que isso aconteça, porém não será ainda o fim. Pois se levantará povo contra povo e reino contra reino; haverá fome e terremotos em diversos lugares, mas tudo isso será somente o princípio das dores".
Uma visão profética da história
O profeta Daniel nos concede uma explicação das distintas etapas que deverão preceder ao fim de nossos dias: "... quatro bestas enormes, diversas uma da outra, saiam do mar. A primeira era como um leão com asas de águia. Eu estava olhando e vi que lhe arrancaram as asas, a levantaram da terra e a incorporaram como um homem e lhe deram um coração humano. Depois desta, apareceu outra besta, a segunda, semelhante a um urso; ia levantada de um lado, e tinha três costelas nas fauces entre seus dentes e lhe dizia: "Eia, devora muita carne" Depois vi outra besta, como um leopardo com quatro asas de ave em seu dorso; tinha também quatro cabeças e lhe foi dado o poder. Em seguida vi uma quarta besta terrível, espantosa, extraordinariamente forte. Tinha enormes dentes de ferro, comia e triturava e o restante pisoteava com suas patas".
Cada uma destas quatro bestas da visão do profeta Daniel correspondem sucessivamente, ao imperialismo alemão de Bismarck e Hitler; ao comunismo russo e sua expansão, cujo símbolo é o urso na profecia; o império inglês, cujo símbolo é o leopardo, e finalmente, com o apareci
mento da quarta besta, a mais monstruosa, prevê Danielde alguma conflagração mundial, ou um grupo de nações aliadas, que poderiam ser, por exemplo, os Estados Unidos, o mundo comunista, a OTAN, etc. Este tipo de agrupamento de nações, desde logo com fins bélicos e de destruição, e muito poderosa supõe aultima etapa de que se produza o fim dos tempos.
O apocalipse segundo São João
Inicia este livro revelado ao apóstolo São João com as cartas enviadas a sete igrejas, que os experts reputam dirigida todas elas à mesma, porém em diferentes etapas das história, que concordam perfeitamente com seu conteúdo. A primeira vai dirigida a Efeso, que significa ímpeto, e faz referência à inicial expansão do evangelho. A seguinte, a Esmirna, amargura, indica a época das grandes perseguições. A terceira foi remetida à Igreja de Pérgamo e corresponde à etapa de enriquecimento de conhecimentos e florescimento do panorama religioso. A quarta vai dirigida a Tiatira, triunfo, e abrange a mais brilhante trajetória do cristianismo, desde o Sacro Império romano, até a Revolução Francesa. Em seguida, contempla um período de acumulação de riquezas, que coincide com a missiva remetida à igreja de Sardes, onde reinou Creso. A falta de religiosidade vai sendo imposta entre os homens devido ao pouco crédito que merecem os ministros da Igreja, como é refletido na carta dirigida a Filadelfia, que quer dizer amor entre irmãos. Somente falta por cumprir-se o conteúdo da sétima, a Laodicea, juízo de Deus, o qual sem lugar a dúvidas significa um próximo final.
Satanás anda solto
Posteriormente São João nos revela a vinda de Satanás ao mundo após ter estado "encadeado mil anos", frase que deu origem à teoria milenarista e na qual, ao estar repetida duas vezes, todavia se apoiam os que pensam que o planeta não passará o ano 2.000. Parece evidente que o Diabo assentou-se na Terra, ou ao menos isso dizem os teólogos e demais estudiosos do tema. Se bem que ainda não temos provas da chegada do Anticristo, tão anunciada como princípio do fim, não existe dúvida do relaxamento da moral, a falta de religiosidade, a escalada de conflitos, o florescimento de novas seitas religiosas e um acúmulo de circunstâncias que normalmente são associadas a uma influência predominantemente satânica, entre as quais também caberia destacar a cada vez mais proliferante aparição de falsos profetas e enganadores.
O reinado do anticristo
Aparentemente, tanto o profeta Daniel, como 3 Apocalipse se colocam de acordo em conceder um período de reinado sobre a Terra ao Anticristo de três anos e meio, o que nos leva a pensar que não se trata de uma idéia mais ou menos contrária a Igreja, como o comunismo, que indubitavelmente já leva muitos anos em vigência.
Por último, São João nos relata a chegada de sete anjos, enviados por Deus, que vêm derramar os sete cálices de sua ira em forma de enfermidades, pragas terrestres e marinhas, colisões planetárias, guerras e um sem fim de calamidades, que, no entanto, não deviam de ter comparação com a última delas e' que o mesmo céu lhe ordena silenciar presumivelmente pela magnitude de seu horror.
Uma leitura detida do Apocalipse nos traria a mente mais e mais detalhes da proximidade do fim de nosso mundo, que nós preferimos omitir, por ser a maioria deles repetições de calamidades e destruições que já ficaram suficientemente referidas. Nem todos os homens perecerão no fim dos tempos, mas a Terra ficará tão devastada e tão vazia de animais e de vida, que os poucos sobreviventes que, como escreveu São João, "buscarão a morte, porém não a encontrarão", terão que começar novamente a reconstrução da própria espécie e a evolução de uma cultura distinta que, ao final, talvez fatalmente, conduza ao mesmo aniquilamento. Voltarão a ser cultivados os campos, e isto é também profético, os desertos serao pomares, a existência será possivelmente mais longa e mais feliz, até que chegue, de uma maneira inexorável, o Juízo Final.
O que dizem os videntes
A maioria dos videntes costuma ser pessoas religiosas que em meio de um êxtase místico contemplam um "flash" que posteriormente traduzem em palavras. Cada vez são mais freqüentes as aparições marianas que ou oralmente ou mediante imagens transmitem uma mensagem de desassossego anunciando uma grande catástrofe prévia à destruição total, precedida da vinda de Cristo e seguida a curto ou longo prazo do Juízo Final.
Fala-se de um sinal, geralmente a cruz, que aparecerá nos céus, segundo a religiosa polaca Faustina Kowalska, que já havia predito com exatidão o começo da segunda guerra mundial oito anos antes de que ocorresse; ou a estigmatizada Teresa Neumann, famosa alemã profetizou o fim das desventuras econômicas do povo alemão, e que também nos fala de sinais no céu antes do que, para ela, será um juízo final em miniatura. Curiosos sinais nos apresenta São Vicente Ferrer, para quem os fenômenos celestes virão acompanhados de modo que não permitam distinguir os homens das mulheres. Se nos basearmos em sua profecia, o fim do mundo pode acontecer em qualquer instante.
Uma estrela cairá do céu
Porém, além dos sinais, que para a maioria dos humanos devem passar inadvertidos, o verdadeiramente aterrador é o que virá depois. Das aparições de Garabandal se desprende que "cairá do céu uma grande estrela ardente como uma chama" Quase o mesno nos augurava a norte-americana Veronica Lucken referindo-se a uma "grande bola de redenção", parecida com um sol e igualmente abrasadora que se há de precipitar sobre a terra, como um dos cometas que poderão entrar em colisão nos próximos anos se Deus não o remediar. Nos transmite uma mensagem que fala de cidades ardendo, falta de oxigênio, tremores de terra, grandes marejadas, ventos com a força de um furacão, enfermidades em plantas e animais, guerras e revoluções como as que se referia a vulnerável Magdalena Porsat, falecida em 1843.

Anticristo

Anticristo ( "opositor à Cristo") é uma denominação comum no Novo Testamento para designar aqueles que se oponham à Jesus Cristo, e também designa um personagem escatológico, que segundo a tradição cristã dominará o mundo nos últimos dias antes que haja a segunda vinda de Cristo.
O termo anticristo ocorre apenas quatro vezes na Bíblia, todas elas nas cartas do apóstolo João. As passagens são 1 João 2:18 , 2:22 , 4:3 e 2 João 1:7, onde o termo anticristo é definido como um "espírito de oposição" aos ensinamentos de Cristo. O Cristianismo crê, no entanto, que este "espírito" seja uma personificação de um "messias demoniaco" que virá nos últimos dias. Por essa razão, os cristãos crêem que este anti-cristo é descrito em outros textos, tais como o livro de Daniel, as cartas de Paulo (como "o homem do pecado") e o Livro da Revelação como a "Besta que domina o mundo". Para a Igreja Católica tal Besta chegou a ser personificada através do imperador romano Nero.
Ao longo da história, diversas correntes cristãs acusaram-se entre si ou atribuíram aos seus inimigos a designação de "anticristos", sendo exemplos de utilização de tais argumentos, a utilização pela apoiantes ou opositores da Reforma Protestante, durante o Cisma Papal, nas cruzadas (como referência ao profeta Maomé) e em diversos outros acontecimentos.
Atualmente, o termo é bastante popular sobretudo no meio cristão evangélico, que crê no nascimento do Anticristo como uma pessoa que se oporá aos mandamentos da Bíblia e organizará uma sociedade baseada em valores outrora atribuídos ao paganismo, onde todos os cidadãos poderão ser controlados através de uma marca na mão ou na testa à semelhança da marca que os romanos impunham sobre seus escravos. A maioria dos evangélicos que crêem neste ensino, no entanto, creem que não sofrerão nas mãos deste Anticristo uma vez que terão sido arrebatados. Este Anticristo, por fim, seria derrotado por Cristo em sua segunda vinda, quando se estabelecer seu reinado milenar.
Outros observadores consideram também que o termo Anticristo poderá estar ligado aos modernos movimentos satânicos.
Nuno Azores

Nuno Azores

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